“Não adianta fingir quem eu não
sou... Tenho que aprender, para ser quem eu quero só preciso ser eu mesmo, sem
me importar com o que vão dizer.”
Você bem que tenta, vai em frente
todo trabalhado em um personagem estereotipado, clichê, convencido de que assim
vai poder sentar-se à mesa de um barzinho qualquer, como outro qualquer. De
repente, você se flagra assistindo a mesma série de TV que todo mundo está
acompanhando, só pra não ficar por fora. Nem gosta, nem curti, é só pra
estar inserido, só pra você não ficar quietinho quando comentarem como a vilã
da história é maldita ou como o protagonista é gato. Só pra você não perder os
“amigos”. Se você não curtir aquela banda indie com nome estranho, metade das
suas relações são cortadas e adeus companhia pra balada do sábado a noite.
Vai por mim, esse alter ego
“Maria-vai-com-as-outras” nem dura muito tempo. Ou melhor, dura o tempo
necessário pra você se tocar e perceber o quão retardado você é, nadando na
onda do momento. Logo alguém enxerido navega no seu passado mais obscuro e
descobre algo que ninguém, além do seu primo do interior, sabe... Aquele fato
que te condena à morte. Talvez descubram algo que, pra eles, entram na
categoria de “gosto duvidoso”, tipo a sua coleção com todos os discos do “É o
Tchan”, que você não consegue se livrar nem com reza braba. E na minha opinião,
é gosto duvidoso mesmo.... Mas quem liga? E daí se o povo não curte? E daí se o
povo não te entende?... Não, não e não, eles não são seus amigos, pode crer. Os
amigos de verdade até te zoam, mas no fundo te respeitam. E até assistem com
você aquele filme da Croácia que ninguém conhece, mas que você tanto ama. Não
pra ser aceito por você, mas porque realmente levam a sério esse lance de
amizade, enfrentam qualquer coisa por você. Eles gostam de você assim, bem
desse jeitinho, sem pôr e nem colocar. E super te entendem quando você muda de
opinião, apesar de jogar na sua cara que você entrou em contradição, só pra não
perderem a piada.
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